segunda-feira, 14 de junho de 2010

A comunicação como meio III

Introdução num mundo global: duas características da análise sensorial, calor e frio (exclusão e inclusão)
Critérios para distinguir meios frios e meios quentes
- a definição dos dados transmitidos através de um meio
- o grau de participação da audiência para “completar” o meio

Há uma regra básica que nos permite distinguir um meio quente, como a rádio ou o cinema, de um meio frio, como o telefone ou a televisão. Um meio quente é aquele que estende ou prolonga um único sentido em "alta definição". A alta definição é o modo de ser plenamente saturado de informação, ou seja, é o estado de ser bem abastecido de dados. Visualmente, uma fotografia é uma alta definição, uma caricatura é um definição baixa, pela simples razão de que dá muto pouca informação visual.

Telefone: meio frio porque porque o ouvido recebe apenas uma pequena quantidade de informação

Fala: meio frio porque porque nos dá muito pouco, exigindo da parte do ouvinte um processo de preenchimento.

Os meios quentes, por outro lado, não deixam tanta coisa a ser preenchida ou completada pelo público. Como tal, os meios quentes requerem uma baixa participação ou completamento por parte do público. Daí que um meio quente, como a rádio, tenha, naturalmente, efeitos sobre o seu utilizador muito diferentes dos de um meio frio como o telefone.


Quentes: altamente definidos; não exigem mais do que uma participação pessoal fraca. (Ex: escrita, imprensa, rádio, cinema, fotografia)
Frios: pouco definidos; exigem uma forte participação pessoal. (Ex: oralidade, telefone, diálogo, BD, televisão)



A caracterização da televisão como um medium frio?
- a ênfase de McLuhan na extensão de um sentido relativamente aos outros
- o foco intenso e singular no ouvido: a rádio como um medium quente.

Determinismo tecnológico
A mudança social é determinada pela natureza e função da tecnologia, não pela acção humana consciente.

McLuhanismos
- A história da América moderna começa com a descoberta do homem branco pelos índios.
- Só pequenos segredos precisam de protecção. As grandes descobertas são protegidas pela incredulidade pública.
- Com o telefone e a televisão não é tanto a mensagem quanto o emissor que é emitido.
- O dinheiro é o cartão de crédito dos pobres.
- A invenção é a mão das necessidades.
- A resposta está sempre dentro do problema, não fora.
- O especialista é aquele que nunca fez pequenos erros no seu caminho para a grande falácia.
- Um dos grandes luxos de ser grande é o luxo de imaginar-se pequeno.


Guru e visionário
- Os meios de comunicação electrónicos são, numa metáfora, como a rede neural do córtex vertebral.
- McLuhan antecipou a importância do computador e a extensão global da televisão

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